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Baixo

O Centro Musical Santa Cruz oferece aulas de baixo com professores que utilizam uma didática diferenciada.

O termo contrabaixo ou baixo pode ser aplicado tanto ao instrumento acústico quanto à sua versão elétrica, tão presente na música popular.

O contrabaixo acústico é o maior e de registro mais grave entre os componentes da família dos instrumentos de cordas friccionadas. Por isso situa-se mais comumente na lateral da orquestra.  

Seu ancestral mais próximo foi o chamado violine, que no início do séc. XVII tornou-se o nome comumente designado à viola contrabaixo, mas apenas na metade do séc. XVII o nome do contrabaixo separou-se do violine e começou a ter vida própria. Entretanto, até a metade do séc. XVIII o instrumento não era utilizado em larga escala, tanto que em 1730 a orquestra de J. S. Bach não contava com nenhum contrabaixo. Ainda faltava um longo caminho para a popularização. 

No século XIX, começou a ser usado o contrabaixo de quatro cordas, o que fez com que o instrumento desse um efeito mais virtuoso em momentos dramáticos e de revoltas.Read MoreCom o desenvolvimento da música popular no final do séc. XIX, principalmente no que diz respeito ao jazz, inicia-se assim a introdução do contrabaixo com uma inovação: ele não era tocado com arco e sim com os dedos (pizzicato), a fim de que tivesse uma marcação mais acentuada.  

O jazz se popularizou e durante toda a primeira metade do séc. XX, o baixo foi um imenso instrumento oco de madeira usado para bases de intermináveis solos de sax, embora tenha sido usado também no princípio do blues e do mambo.

Assim foi até que em 1951, um norte-americano chamado Leo Fender criou o baixo elétrico. O primeiro modelo foi denominado Fender Precision. E o nome não era uma casualidade: frente aos tradicionais contrabaixos, com o braço totalmente liso, o novo instrumento incorporava trastes, assim como suas guitarras.

O detalhe dos trastes fez com que a afinação do baixo ficasse muito mais precisa. Mas a revolução fundamental que representa o baixo elétrico frente ao contrabaixo é a amplificação do som. Se a solução antigamente havia sido aumentar a caixa de ressonância, transformando o violino em um instrumento imenso e com cordas muito mais grossas, desta vez a solução foi inserir uma pastilha eletromagnética no corpo do instrumento para que o som fosse captado. Além do mais, a redução do tamanho do instrumento permitiu aos baixistas transportá-lo com mais comodidade.

Os músicos de jazz e blues, a princípio, acharam a idéia interessante mas mantiveram-se em seu tradicionalismo. Somente muitos anos depois o baixo elétrico seria tão popular no jazz e no blues quanto o acústico. No caso do blues, ele surgiu assim que Muddy Waters introduziu a guitarra neste ritmo, ainda que seu baixista, o mitológico Willie Dixon usasse um acústico. No caso do jazz, o baixo elétrico só veio à tona com Miles Davis.

Nos anos 60, o papel do baixista segue sendo, basicamente, o mesmo que nos anos 50: um suporte harmônico de fundo. A partir de 1967, o baixo elétrico começa a aparecer, fundamentalmente no rockn roll. O melhor exemplo talvez seja o disco Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, dos Beatles. Aqui já podemos começar a falar de linhas de baixo de temas pop, tal como os conhecemos atualmente. 

Os anos 70 apresentam a maturidade do baixo. Os produtores começam a prestar mais atenção no potencial do instrumento e o contrabaixo assume uma importância maior, como no surgimento da disco music. É fundamental também o surgimento do rock progressivo, o jazz fusion, o latin rock, o heavy metal, o punk, o reggae, o funk e a soul music. O baixo acústico se limita apenas aos setores mais tradicionais, como jazz, blues e ritmos tipicamente latinos, assim mesmo já rivalizando com o elétrico. E é claro, a popularização do fretless, o baixo elétrico sem trastes.

O desenvolvimento da década de 80 apresenta a maturidade de alguns estilos musicais e o desaparecimento de outros. Percebe-se neste período que o baixo já não é imprescindível, e que pode facilmente ser trocado por um sintetizador. A massificação da dance music (pária da disco music) deixa de lado o contrabaixo, ainda que sua linha ainda esteja presente, mesmo que sintetizada. Mas isto não acontecia apenas com o baixo, mas também com a guitarra e a bateria, já que o sintetizador era o instrumento fetiche do início da década.

Para felicidade nossa, esta tendência de trocar todos os instrumentos por um só foi passageira. E os grupos voltaram, sejam eles de rock ou jazz, tanto o baixo elétrico quanto o acústico estavam novamente no palco. Nem todos estavam concordando com a massificação dos sintetizadores, principalmente produtores mais atentos e a revista Bass Player. O jazz começava a abrir um campo especificamente voltado para o contrabaixo elétrico, e assim o instrumento se desenvolveu com uma rapidez imensa tornando-se hoje um dos mais importantes instrumentos musicais da música moderna.

No Jazz, contrabaixistas como Jaco Pastorius, Marcus Miller, Ron Carter, Stanley Clarke, John Patitucci, Charlie Haden e Charles Mingus tornaram-se lendas. Na música brasileira Sizão Machado, Cláudio Bertrami, Adriano Giffoni, Nico Assumpção, Luizão Maia e Arthur Maia estão entre os grandes.

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