Além da aula prática individual de Gaita, o aluno pode freqüentar semanalmente aulas de Teoria Musical e também aulas de Instrumento Complementar em grupo ( Violão, Canto ou Percussão) sem custo adicional, totalizando até 3 aulas semanais.
Duas vezes ao ano, realizamos nosso Show de Alunos, onde o aluno tem a oportunidade de se apresentar em casas com estrutura de som profissional.
Você é um(a) amante da gaita? O Centro Musical Santa Cruz oferece aulas de gaita especialmente para os amantes deste instrumento exótico. Venha fazer uma aula gratuita! Esperamos por você!!!
Foi há 2700 anos antes de Cristo, que foi inventado na China um instrumento denominado Cheng.
É uma espécie de órgão portátil tocado pelo sopro da boca. Tinha a forma de uma ave, a Fénix, que os chineses consideravam o imperador das aves. O Cheng era dividido em 3 partes: 1 Recipiente de ar, 1 Canudo de sopro e Tubos de bambu.
O Cheng é o precursor dos instrumentos de palhetas livres, como a harmônica, a gaita e acordeon.
Em 1821, Friedrich Bushman, aos 16 anos criou a AURA, com o objetivo de estudar a influência da corrente de ar no som. Sua invenção era essencialmente um conjunto de quinze diapasões, todas notas sopradas, conectadas a uma armação de metal.
Alguns anos depois, um produtor de instrumentos em Bohemia, chamado Richter, melhorou o design da desajeitada Aura. Ele fez uma estrutura de 20 notas, dentro de dez orificios, ou seja, 10 notas sopradas e 10 notas aspiradas, estas mudanças somado a estrutura do instrumento foi verdadeiramente a primeira gaita ou harmônica como nós a conhecemos hoje.
Em 1827, um relojoeiro chamado Christian Messner começou a fazer harmônicas como uma linha opcional, na pequena cidade de Trossing, Alemanha.Em breve vários outros relojoeiros da área, muitos deles parentes de Messner, estavam também produzindo harmônicas como um negócio opcional.
Mas nesta mesma cidade, um jovem relojoeiro de 24 anos chamado Mattias Hohner, resolveu produzir harmônicas como seu principal negócio, produzindo assim 650 instrumentos no primeiro ano. O que distinguia Hohner dos outros fabricantes daquela época era a alta qualidade dos instrumentos aliada a uma grande visão de marketing, pois todas as gaitas fabricadas por ele tinham sua marca estampada.
Em 1888 as gaitas Hohner foram para os EUA e foram largamente distribuídas sem dúvida por serem baratas, pequenas e fáceis de se tocar. Talvez por essa razão, elas foram tão bem recebidas entre a população negra. Ainda hoje a Hohner é o mais influente fabricante de gaitas, já tendo produzido cerca de 1.500 modelos diferentes de harmônicas. O mais caro foi fabricado fora de série, especialmente para o Papa Pio XI, todas as peças de metal, com exceção das palhetas eram de ouro maciço. Um dos modelos mais curiosos era acompanhado de um cordão para que os africanos, que não usam bolsos, pudessem pendurá-las no pescoço.
No Brasil, a história da gaita começa em agosto de 1923. Um imigrante alemão chamado Alfred Hering, fundou a empresa Gaitas Alfred Hering em Blumenau – Santa Catarina, e começou a produzir as Harmônicas Hering.
Após a morte do Sr. Hering, em meados de 1960, a empresa foi vendida para M. Hohner Company, de Trossing, Alemanha. Muita tecnologia foi trazida da Alemanha e introduzida no Brasil, melhorando assim cada vez mais a qualidade do instrumento. Em 1979, um grupo de brasileiros comprou a Hering e M. Hohner deixou o Brasil.
Muitos músicos famosos como Mick Jagger, John Lennon, Neil Young, Bob Dilan, utilizaram a Gaita em suas músicas, ajudando assim estabilizá-la como um instrumento de Blues e Rock.
Gaita diatônica
Também chamada de gaita de blues, tem 10 furos e uma extensão de três oitavas. As palhetas são dispostas nos furos de maneira a permitir a execução individual das notas da escala diatônica maior. Também permite tocar acordes se mais de um furo for usado simultaneamente (o gaitista controla quantos furos toca de cada vez pela posição dos lábios ou bloqueando os furos com a língua). No layout padrão da gaita diatônica, é possível obter o acorde da nota fundamental (I) e o da dominante (V).
Gaita cromática
A gaita cromática é uma evolução da diatônica, criada para permitir a execução melódica de músicas em qualquer tonalidade, com modulações e acidentes eventuais e sem as variações de afinação produzidas pelo bend. Para isso ela possui duas palhetas de sopro e duas de sucção em cada furo e uma chave que o músico aciona com o indicador da mão direita para direcionar o ar para cada par sopro/sucção. Quando a chave está solta, a gaita produz as notas naturais (sem acidentes – correspondentes às teclas brancas do piano). Quando a chave é acionada são produzidas as notas com acidentes (bemóis e sustenidos – correspondentes às teclas pretas do piano). Além disso, todas as palhetas possuem válvulas para impedir que as palhetas de sopro e sucção soem simultaneamente. Por isso não é possível executar bends em uma gaita cromática a não ser que estas válvulas sejam removidas. As gaitas cromáticas normalmente possuem 12 ou 16 furos para uma extensão de três ou 4 escalas completas.